Dor

Meu bisavô me falou

Que no tempo da escravidão

Era dor muita dor tanta dor

Morriam de dor os negro meus irmãos


Dor, dor, dor


O sangue jorra no chicote do feitor


Dor, dor, dor


O negro morre de saudade sem amor


Dor, dor, dor


Dona Isabel sua lei não adiantou


Dor, dor, dor


O negro morre de Paris a Salvador


Dor, dor, dor


O sangue jorra na caneta do doutor


Dor, dor, dor


A raça negra não nasceu para ter senhor


Dor, dor, dor


Minha alma é livre o berimbau me libertou